Faltam recursos
Presidente Evânio Tavares admite hipótese de Brasil fechar a base em 2023
Dirigente atrela a possibilidade aos problemas financeiros e estruturais do clube. Já a negociação pela grama sintética no Bento Freitas segue em aberto
Foto: Lucas Kurz - DP - Ausência de um centro de treinamento voltado às categorias inferiores é um dos motivos citados pelo dirigente
Por Gustavo Pereira
As categorias de base do Brasil devem ser paralisadas em 2023. Seis anos após a reativação, o departamento sofre as consequências das dificuldades do clube. O presidente Evânio Tavares atrela o cenário de incerteza aos problemas financeiros e estruturais do Xavante. Durante a apresentação dos jogadores para iniciar a pré-temporada, na terça-feira (15), o mandatário enfatizou a prioridade da direção: o time principal.
“A gente deu um tempo nela [base]. Deixamos de canto, justamente porque temos que focar no profissional. A questão da base é diretamente ligada a um CT [centro de treinamento]. Sem CT fica inviável. Enquanto a gente não tiver um CT, nesse primeiro momento, ou não tiver outra viabilidade, a gente poderá não ter categoria de base”, afirmou Evânio.
O dirigente citou “bons resultados”, mas disse não considerar ideal o modelo anterior. Conforme o presidente, “é melhor parar e fazer uma coisa bem feita”. Desde a saída da sede do departamento de base do chamado CFA Xavante, local alugado pelo Brasil onde operava o antigo Fragata Futebol Clube, do ex-volante Émerson da Rosa, as categorias sub-17 e sub-20 enfrentavam empecilhos frequentes. Não apenas ligados a espaço de treinamento diário, mas também a temas estruturais.
Gramado sintético pode ficar para o segundo semestre
Na mesma entrevista à imprensa, Evânio Tavares afirmou seguirem existindo conversas com a empresa Soccer Grass para instalação de gramado sintético no Bento Freitas. Entretanto, admitiu que para o Gauchão é quase impossível, dada a demora estimada de 45 dias do processo de colocação da estrutura.
“O torcedor pode ficar tranquilo que o Grêmio Esportivo Brasil vai ter sim a grama sintética. Se não for no primeiro [semestre], no segundo semestre”, assegurou. O mandatário disse que as garantias financeiras representam o principal entrave da negociação, citada abertamente por ele desde o início de setembro.
Visão empresarial
Também na terça, Evânio ressaltou o peso dado pelo clube ao Gauchão. Relembrou não ter adiantado nenhuma verba e prometeu salários em dia durante o Estadual.
“Quero que os funcionários mudem a visão. Que não enxerguem clube, enxerguem empresa. A gente vai fazer uma visão empresarial, formar uma estrutura, departamentos, cada um com suas responsabilidades”, afirmou ainda o presidente. Ele lamentou as recentes demissões, porém as tratou como parte de um processo já planejado. “Sei que é árduo, doloroso. São famílias, mas a gente tem que ter responsabilidade com o dinheiro do sócio”, complementou.
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